Ser um programador...Breve reflexão




Já desenvolvo programas a cerca de 25 anos e às vezes ainda me pego surpreso por ter criado algo a partir do nada ou ter feito algum dispositivo eletrônico subutilizado executar algo que nunca faria antes.


Nos últimos tempos tenho escrito textos que são lidos por centenas de pessoas, as quais a partir destes, podem agora fazer coisas que sempre quiseram mas não tinham ideia de como fazê-lo. 

Ao compartilhar soluções nos meus Blogs e em alguns fóruns pela Internet, estou dando continuidade ao fluxo de informações do qual não sou o originador. Tudo faz parte da colaboração. Tudo o que desenvolvemos e criamos, e até mesmo aquilo que acreditamos ser uma inovação em termos de técnica e desenvolvimento, está baseado nas obras de milhares de outros programadores e designers ao longo dos anos, em inúmeras linguagens nas quais trabalhamos. Há um acumulo de experiências usufruídas pelas facilidades que colhemos ao lidar com o que já está pronto.

Cada projeto com os seus longos algoritmos, os quais por si só podem não ser tão emocionantes, quando combinados com todos os outros, devidamente integrados ao ambiente apropriado, tornam-se extraordinários.

Todos aqueles dias digitando, adequando, depurando textos até fazer com que o código faça algo acontecer; todos os dias seguidos a partir dos quais começa-se cada vez mais cedo na busca d e uma solução. Mesmo assim não estamos sós. Sim, a programação sempre é um esforço de grupo, mesmo quando se pensa trabalhar por conta própria.

E é de enlouquecer quando tudo se desconstrói e aquele código que estava tão legal se desfaz ou quando todas as suas tentativas de fazer as coisas direito tornam as coisas mais à esquerda. 

A programação pode parecer uma profissão terrível: Várias reuniões inúteis, grandes mudanças nos requisitos fazem-nos desejar que fôssemos testadores de colchões ao invés de escrevermos códigos manhã após manhã, dia após dia.

Mas, que outras vocações nos permitem criar coisas a partir do nada, controlar máquinas eletrônicas que de outra forma seriam pesos de papel ou dar prazer a pessoas que você nem conhece?

Alguém preparou um ambiente que responde aos meus comandos e controla a memória que preciso usar. Foram preparados protocolos para levar e trazer informações ao redor de todo o globo. Sim, alguém fez tudo isso para que pudéssemos escrever os nossos códigos e nos surpreendêssemos com a facilidade de como tudo funciona em conjunto.

Não importa o idioma em que escrevo, o formulário que uso, ou o sistema operacional que executo. Eu faço essa coisa de programação. Em última análise é um monte de trabalho de outras pessoas à minha disposição. Não tenho que fazer tudo sozinho. Não tenho que ser um especialista em tudo. Minha linha de código foi realizada pelo trabalho de milhares de outras pessoas. E provavelmente será usado por programadores futuros de alguma forma. Várias pessoas poderão tirar vantagem de um pouco mais de funcionalidade sem ter a menor ideia de como isso foi feito.

Não tenho nenhuma ideia de como será a programação daqui a mais 25 anos, ou mesmo se continuará a existir, mas se isso acontecer espero que os programadores possam ter um momento para perceber o prazer de ser um.

Então, tome tempo para pensar quão incrível é programar, da próxima vez que olhar para algo que apenas deu certo.

Tags: programador, reflexão, 25 anos, 


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