História da Linguagem COBOL: A Programadora dos Negócios

História da Linguagem COBOL: A Programadora dos Negócios
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Neste artigo exploramos a história da linguagem COBOL programação, desde sua criação nos anos 50 até seu uso em bancos e governos. Veja sua evolução e legado.


A Senhora dos Sistemas Legados

Imagine uma linguagem de programação que nasceu antes da chegada do homem à Lua e que, mesmo após mais de seis décadas, ainda processa bilhões de transações bancárias diariamente. Essa é a linguagem COBOL — um verdadeiro monumento histórico da computação.

Conhecer a história da linguagem COBOL programação é essencial para quem deseja compreender como a tecnologia moldou o mundo dos negócios, da administração pública e do setor financeiro. COBOL é mais que código: é uma história de resiliência tecnológica.


Origem e Contexto: O Nascimento de COBOL

COBOL, acrônimo de Common Business-Oriented Language, foi criada em 1959 por um comitê formado por membros do governo dos EUA e da indústria, conhecido como CODASYL (Conference on Data Systems Languages). O projeto contou com apoio do Departamento de Defesa dos EUA.

A motivação era clara: havia uma explosão de computadores comerciais e cada empresa utilizava linguagens proprietárias, como FLOW-MATIC e COMTRAN, o que tornava os programas difíceis de reutilizar ou migrar entre máquinas.

O contexto da época incluía linguagens como Fortran, voltadas à ciência e engenharia, e Assembly, usada para controle de hardware. COBOL foi criada para preencher uma lacuna: facilitar a automação de tarefas administrativas e comerciais com uma sintaxe próxima da língua inglesa.


Filosofia e Propósito: Clareza para os Negócios

A filosofia de COBOL era ousada: qualquer pessoa de negócios deveria conseguir ler seus programas. Ao invés de cripticismo técnico, COBOL optou por verbosidade e clareza, permitindo que analistas de sistemas, gestores e programadores compartilhassem um mesmo código.

O objetivo principal era tornar possível descrever processos comerciais complexos de forma que fossem facilmente compreensíveis, auditáveis e reutilizáveis. A linguagem foi feita sob medida para processamento de grandes volumes de dados, como folhas de pagamento, contabilidade e registros de clientes.


Características Técnicas: Clareza acima de Tudo

COBOL é uma linguagem imperativa, procedural e orientada a registros. Seu paradigma gira em torno do processamento sequencial de dados estruturados, refletindo as necessidades do setor corporativo da época.

A sintaxe da linguagem é extremamente verbosa, quase como frases do inglês formal. Um exemplo clássico de “Hello, World!”:


IDENTIFICATION DIVISION.
PROGRAM-ID. HelloWorld.
PROCEDURE DIVISION.
DISPLAY "Hello, World!".
STOP RUN.


Pontos fortes:

  • Alta legibilidade

  • Robusta em manipulação de arquivos e grandes volumes de dados

  • Forte no setor bancário e governamental

Limitações:

  • Pouco adequada a tarefas modernas como web ou IA

  • Pouco flexível e difícil de integrar com sistemas modernos sem adaptação


Evolução: Da Era Mainframe à Era da Nuvem

Desde sua criação, COBOL passou por diversas atualizações. A versão COBOL-68 consolidou a sintaxe. O COBOL-74 trouxe melhorias de compatibilidade e padronização. Em 1985, o COBOL-85 introduziu estruturas como scope terminators e facilidades para modularização.

Mais recentemente, a versão COBOL 2002 adicionou recursos de programação orientada a objetos. Já o COBOL 2014 ampliou suporte a unicode e novos tipos de dados.

Apesar de sua idade, a linguagem continua se adaptando. Com o uso de APIs, wrappers e containers, COBOL agora pode rodar em ambientes cloud-native, integrando-se a soluções modernas sem abandonar os sistemas legados.


Impacto Global: A Espinha Dorsal do Mundo Corporativo

COBOL está por trás de:

  • 85% das transações financeiras globais

  • Mais de 200 bilhões de linhas de código ativas

  • Sistemas centrais de bancos, seguradoras, previdência social e governos

A linguagem influenciou o design de sistemas transacionais e o conceito de processamento batch, que se tornaram padrões em TI.

Na linha do tempo da computação, COBOL se posiciona ao lado de Fortran, como uma das primeiras linguagens de propósito específico. Enquanto Fortran moldava a ciência, COBOL moldava a economia.


Comunidade e Ecossistema

A comunidade COBOL é enxuta, mas altamente especializada. Muitos profissionais veteranos ainda atuam no suporte e modernização de sistemas COBOL. Nos últimos anos, houve uma redescoberta da linguagem por jovens programadores em busca de oportunidades em bancos e governos.

Ferramentas como Micro Focus COBOL, GnuCOBOL e plataformas como IBM Z/OS mantêm o ecossistema COBOL funcional. Há também eventos como COBOL Connect e fóruns ativos no Stack Overflow e GitHub.


Desafios e Controvérsias

COBOL enfrenta críticas desde os anos 70. Sua verbosidade é vista como um obstáculo à produtividade. Além disso, a escassez de novos programadores gera receio de “apagão de mão de obra”.

Com a ascensão de linguagens como Python e JavaScript, muitos previram sua extinção. Porém, como muitos sistemas críticos ainda dependem de COBOL, abandoná-la sem causar prejuízos bilionários seria impensável.


Futuro da Linguagem COBOL

Apesar de seus 60+ anos, COBOL segue firme. Iniciativas como reengenharia de código, modernização com containers Docker e execução em nuvem AWS e Azure mostram que ela está se reinventando.

Com a digitalização acelerada de governos e bancos, há uma demanda crescente por desenvolvedores COBOL que saibam integrar sistemas antigos com tecnologias novas, como APIs REST e microserviços.


Histórias Interessantes

Uma das figuras centrais na história de COBOL foi Grace Hopper, almirante da Marinha dos EUA e pioneira da computação. Ela foi responsável por criar o FLOW-MATIC, uma das principais inspirações de COBOL, e promoveu a ideia de linguagens legíveis para humanos.

Outra curiosidade: o termo bug em software foi popularizado por Hopper após encontrar uma mariposa presa em um relé de um computador — literalmente um inseto causando erro.


O Legado Silencioso de COBOL

COBOL talvez não esteja nos holofotes das startups ou dos bootcamps modernos, mas ela é a base invisível que mantém o mundo rodando. Sua clareza, resiliência e estabilidade fizeram dela uma das linguagens mais importantes da história da computação.

Você já trabalhou com a linguagem COBOL programação? Se não, talvez esteja mais perto do que imagina — cada vez que usa um cartão de crédito ou consulta um extrato bancário, há uma boa chance de COBOL estar envolvida.


FAQs sobre a Linguagem COBOL

1. Para que serve a linguagem COBOL?
COBOL é usada principalmente em aplicações de negócios, como bancos, seguros, folha de pagamento e sistemas governamentais.

2. Como aprender COBOL hoje?
Existem cursos online, documentação oficial da IBM e Micro Focus, e projetos como GnuCOBOL para aprendizado gratuito.

3. Qual é a diferença entre COBOL e Java?
COBOL é procedural e voltado a negócios; Java é orientado a objetos e mais usado em desenvolvimento web e mobile.

4. COBOL ainda é usado em 2025?
Sim, amplamente. Muitos sistemas críticos ainda rodam em COBOL, e sua demanda continua alta em setores regulados.

5. COBOL é difícil de aprender?
Não necessariamente. Sua sintaxe é clara e baseada em inglês formal, mas seu ambiente de execução pode ser complexo para iniciantes.

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