Infográficos - Uma interpretação necessária das informações



Entendo que os Infográficos devem ser utilizados massivamente dentro das corporações em substituição aos já desgastados simplistas gráficos que desenvolvemos e demonstramos nos nossos Dashboards, Scorecards e Relatórios das nossas planilhas Excel e apresentações no Powerpoint.

Por mais esforços técnicos que façamos inserindo diferenciais como filtros e layouts, é indispensável reconhecermos que os designers precisam ser envolvidos na modelagem final da apresentação dos informações que devem ser comunicadas aos executivos que tomarão decisões embasados nelas.



Torna-se nítida para mim, a percepção de que, mais do que transformar dados em informações, precisamos avançar na direção de interpretarmos as informações através dos Infográficos. Sim, estes têm a missão final de comunicar rapidamente a relevância dos nossos KPIs.

Este será um dos objetivos deste Blog: Compartilhar o maior número de Infográficos disponíveis na Web, pois estes servirão como modelos e fonte de inspiração para a criação dos nossos próprios.

Os Infográficos tornaram-se tão relevantes para comunicar significados às massas que os observamos em sessões inteiramente dedicadas a eles nos principais jornais e revistas do mundo.

Nas revistas os Infográficos são caracterizados pela junção de textos breves com ilustrações explicativas para o leitor entender o conteúdo. Esses gráficos são usados onde a informação precisa ser explicada de forma dinâmica.

Este é um recurso muitas vezes complexo, podendo utilizar a combinação de fotografia, desenho e texto, pois facilitam a compreensão das matérias em que apenas texto dificultaria o entendimento.

No design de jornais, os Infográficos costumam ser usados para descrever como aconteceu determinado fato e suas conseqüências por meio de uma combinação de ilustrações, diagramas e textos. Seu objetivo é explicar os fatos onde somente o texto ou a foto não conseguiriam detalhar com a mesma eficiência.

Sim, os Infográficos, também podem ser úteis para cientistas como ferramentas de comunicação visual, sendo aplicados em todos os aspectos da visualização científica.

Não pensemos que estes são uma criação original de alguns anos. Não! Na verdade são usados a muito tempo...

6200 a.C. - Os mapas mais antigos que se conhece foram encontrados na antiquíssima cidade de Çatal Hüyük, na Turquia, e datam de cerca de 6200 a.C., estando pintados numa parede.

De 1510 a 1513 - Leonardo Da Vinci tentou entender os fenômenos, descrevendo-os em detalhe extremo, não enfatizando experiências ou explicações teóricas. Ao longo de sua vida, planejou uma enciclopédia baseada em desenhos detalhados de tudo. Como não dominava o latim e a matemática, o Leonardo da Vinci cientista era ignorado pelos estudiosos contemporâneos. Realizou autópsias e elaborou desenhos anatômicos extremamente detalhados, tendo planejado um trabalho, inclusive sobre o corpo humano, de anatomia comparativa. Estudou fetos, de que resultaram obras que podem ser consideradas como infografias de grande complexidade.

Em 1626, Christoph Scheiner publicou Rosa Ursina sive Sol, contendo uma variedade de gráficos para mostrar sua pesquisa astronômica sobre o sol. Ele usou uma série de imagens para explicar a rotação do sol no tempo (por manchas solares)

Em 1786, William Playfair publicou o primeiro gráfico em seu livro The Commercial and Political Atlas. Esse livro é repleto de gráficos estatísticos que representam a economia no século XVIII na Inglaterra usando gráficos de barra.

Em 1861, Charles Joseph Minard criou um importante infográfico sobre a marcha de Napoleão sobre Moscou. Um exemplo pioneiro de como muita informação pode ser sintetizada para se tornar mais inteligível.

Nesse gráfico (ver ilustração) há quatro variáveis diferentes que contribuem para demonstrar o fracasso da campanha (em apenas uma representação bidimensional):

Em 1933, Harry Beck projetou o mapa de metrô de Londres. Antes desse infográfico de Beck, várias linhas de metrô eram representadas geograficamente, muitas vezes se sobrepondo ao mapa das ruas. Beck percebeu que a localização geográfica era informação supérflua para os usuários de metrô, eles queriam saber apenas a ordem e relação das estações entre si, para decidir onde mudar de estação.

Inspirado na simplicidade de diagramas de engenharia elétrica, Beck projetou o mapa que seria o paradigma para todos os mapas de transporte público que vieram em seguida.

A partir da década de 1920, surgiram tecnologias que permitiram o envio de imagens via cabo ou antenas, e na década de 1960 satélites encurtavam as distâncias, permitindo com isso que fatos ocorridos no mesmo dia em locais distantes pudessem ser informados. Mas o que realmente influenciou a utilização de infográficos foi a digitalização de dados a partir dos anos 1980.

1995 - Com o aparecimento do Adobe Illustrator em meados de 95, tudo se tornou mais fácil devido ao desenho vectorial que este programa trazia de novo. Este foi assim um ponto de viragem na Evolução da Infografia.




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