A Linguagem M (também conhecida como Power Query M) é a linguagem de programação utilizada no Power Query, uma ferramenta de transformação e preparação de dados do Power BI, Excel, e outras soluções da Microsoft, como o Azure Data Factory. Embora seja uma linguagem funcional, ela foi projetada para ser acessível, principalmente para analistas de dados e profissionais de BI, permitindo que realizem manipulações de dados complexas sem a necessidade de um profundo conhecimento em programação. A Linguagem M é essencialmente responsável por definir os passos de transformação de dados no Power Query, possibilitando que você crie consultas que extraem, limpam, transformam e modelam dados antes de carregá-los em um modelo de dados para análise.
Uma das principais características da Linguagem M é que ela é baseada em funções. Ao escrever uma consulta no Power Query, você está essencialmente criando uma série de funções que transformam os dados à medida que eles são carregados. Essas funções podem ser encadeadas, criando um fluxo de transformações que acontece em sequência. Em cada etapa, a consulta retorna um conjunto de dados transformado, que pode ser utilizado pela próxima etapa ou como resultado final. O uso de funções permite que a Linguagem M seja altamente flexível, além de otimizar o processo de transformação de dados.
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No Power Query, ao clicar em uma operação no editor de consultas (como filtrar dados, substituir valores, ou adicionar novas colunas), o Power Query gera automaticamente o código M correspondente. Isso facilita o aprendizado da linguagem, já que os usuários podem realizar operações complexas por meio da interface gráfica sem precisar escrever o código manualmente. No entanto, a possibilidade de editar diretamente o código M oferece mais controle sobre as transformações, permitindo ajustes finos e a implementação de soluções mais avançadas.
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Uma das vantagens do M é sua capacidade de se conectar a uma ampla gama de fontes de dados, incluindo bancos de dados relacionais, arquivos CSV, Excel, APIs, entre outros. Ele permite realizar transformações poderosas, como a limpeza de dados, alteração de tipos de colunas, agrupamento, mesclagem de tabelas, entre outras. Além disso, a Linguagem M é otimizada para o processamento em paralelo, o que significa que consultas podem ser executadas de forma eficiente, mesmo em grandes volumes de dados.
No entanto, a Linguagem M tem suas limitações. Por ser uma linguagem de consulta e transformação de dados, não é tão adequada para operações analíticas complexas, como cálculos financeiros ou estatísticos avançados. Para esse tipo de tarefa, o Power BI oferece a linguagem DAX (Data Analysis Expressions), que é mais indicada para cálculos no nível de modelagem de dados. Portanto, enquanto o M é ideal para transformar dados antes de carregá-los no modelo, o DAX é utilizado para cálculos no contexto do modelo de dados após o carregamento.
A sintaxe da Linguagem M é relativamente simples e bastante semelhante à de outras linguagens funcionais. Ela utiliza um estilo de "imagens de transformação", onde os dados passam por uma série de transformações em etapas, e cada etapa é escrita de forma declarativa. As expressões M geralmente começam com a palavra-chave let, que define o início de um bloco de código, e a palavra-chave in, que indica a expressão final da consulta. Essas duas palavras-chave são essenciais na estruturação das consultas em M.
Além disso, a Linguagem M permite o uso de listas e tabelas como estruturas de dados centrais. Listas são sequências ordenadas de valores, enquanto as tabelas são compostas por colunas e linhas, permitindo organizar os dados de forma tabular. A manipulação de tabelas e listas é facilitada através de uma série de funções como Table.SelectRows, Table.AddColumn, Table.RemoveColumns, entre outras, que permitem realizar operações como filtragem, ordenação e transformação de dados.
A Linguagem M também possui suporte a funções personalizadas. Você pode criar funções próprias para realizar transformações mais complexas e reutilizá-las em diferentes consultas. Isso é especialmente útil em cenários onde a mesma lógica de transformação precisa ser aplicada em várias consultas ou fontes de dados diferentes, tornando o código mais modular e reutilizável.
Outro recurso interessante do M é a sua capacidade de aplicar transformações de dados de forma condicional. Você pode, por exemplo, criar colunas baseadas em regras de negócio, como a criação de uma coluna condicional para classificar os valores de uma outra coluna, ou até mesmo realizar a transformação de dados baseada no conteúdo de outras tabelas ou fontes externas.
Em relação ao desempenho, a Linguagem M foi projetada para ser eficiente na manipulação de grandes volumes de dados. Ela utiliza uma abordagem de carregamento preguiçoso (lazy loading), onde os dados só são carregados ou transformados quando realmente necessários. Isso significa que as consultas podem ser otimizadas para reduzir a quantidade de dados carregados e processados, melhorando o desempenho geral.
Porém, vale ressaltar que, ao contrário de linguagens como SQL, o M não possui suporte completo a transações ou a manipulação avançada de dados, como subconsultas ou junções complexas de várias tabelas em uma única consulta. Mesmo assim, suas capacidades são amplamente suficientes para o tipo de trabalho que se espera de um processo de preparação de dados para análise.
Em resumo, a Linguagem M é uma ferramenta poderosa e flexível para transformar dados no Power Query, permitindo que usuários de BI e analistas de dados manipulem e preparem dados de forma eficiente e automatizada. Sua integração com o Power BI e o Excel facilita a implementação de fluxos de trabalho de ETL (extração, transformação e carga) e prepara os dados para análises mais profundas e avançadas. Combinada com o DAX e outras ferramentas do Power BI, a Linguagem M é essencial para construir soluções de BI robustas e de alto desempenho.
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